segunda-feira, 31 de março de 2008

Isso passa




É engraçado como o tempo passa,
E de repente (ou não) as coisas perdem a graça.
Desgraça!
Os laços mais fortes,
Os abraços mais apertados,
As conversas mais longas,
As risadas mais loucas.

Cedem ao tempo - ou à falta de tempo -
E desaparecem
Na nuvem negra do passado,
do "foi bom enquanto durou",
do "bons tempos aqueles",
do "não somos mais como éramos antes".


Mas ficam fotos, fatos, flores de plástico
Não morrem as flores, não morrem os fatos,
Não morrem as fotos.

Morrem as relações.
Morre o calor dos corações.


Mas ressurgirão, tão certo quanto
É frio o vento, é quente o sol,
É novo o som dos teus lábios
Há muito tempo calados.

Na pior das hipóteses,
Há o que se lembrar,
O que rir e o que chorar.
Há a lembrança para
Abrir o sorriso amarelado,
Relembrar um amor do passado.

Há uma vida que foi vivida e que
agora vive do que não é mais.

Isso passa...

4 comentários:

Yuri Cunha disse...

Acho que estamos passando por momentos parecidos, hein...

Escriba Eventual disse...

As coisas passam, mas novas coisas surgem...mesmo que a gente pense que as antigas são as melhores situações já vividas.

Darlan disse...

Começando pelo começo (pleonasmo? magina!), queria me desculpar por ser relapso com o blog aqui... rs Ler eu leio, mas comentar...


eu adorei esse poema.
"Há uma vida que foi vivida e que
agora vive do que não é mais."

Esses versos foram tão.... tão... nem sei. Comofas?
rs


Abração!

Anônimo disse...

Eu não posso negar, os poemas deprês são lindos *.*


OQUEFAZERCOMISSO?

"É novo o som dos teus lábios
Há muito tempo calados."

=X