segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Alô?!

Nunca experimentei o que você me deu hoje. E tem sabor de maracujá. Daquele doce que se come com a colher. E meia dúzia de palavras jogadas entre silêncios que diziam tudo só me fizeram te amar mais, se é possível amar-te mais. E o susto entre a espera e a certeza, o nada e o toque do telefone... É mesmo tão doce... E tremer por muito tempo depois. De excitação, de prazer, de graça, de todo sentimento bom. Do dia mais feliz da semana, do mês, e - por enquanto - do ano. Sim, fico feliz com pouco. Mas o que vem de você nunca é pouco. É sempre muito, e sempre completa, sempre desperta em mim as melhores sensações, os melhores sentimentos, mais puros, mais doces, mais cheirando maracujá. E só um telefonema. Simples assim, único assim, inesquecível assim. Doce, como poucas coisas são. Como você é.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Só o doce

"Eu sei, é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim..."

Então te amo, mas não te quero. Fico só com a parte doce. Porque de amargo já basta o resto. De você, se é que tenho o direito de querer algo, quero o doce, o leve, o simples. E só.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Sorria, você está sendo leve

"E amanheça brilhando mais forte que a estrela do norte que a noite entregou..."

Ser forte é conseguir abrir um sorriso sincero, autêntico, ainda que meio amerelo e um tanto discreto, mesmo que tudo esteja desmoronando em volta. Não é rir da desgraça - nem sua nem alheia - porque isso é hipocrisia, e não força, porque isso é irresponsável e não tem a menor graça.

Rir para ser doce, e não como opção ao choro - que é necessário também. Rir para ser mais leve, rir para abstrair - mas não para fingir o que não é. Porque amadurecer não é e nunca deve ser sinônimo de endurecer.

Procurar o famoso "lado bom" que há em tudo. E transformá-lo em força para construir tudo de novo. Rir para a solidão - mas sem desrespeitá-la. Rir para que nada tenha um peso tão grande, para que a vida se torne suportável. Rir para contagiar, para lavar a alma das coisas e dos seus lados ruins.

Rir dos dias de chuva, pesados como só eles sabem ser. Rir dos domingos, incompreensíveis e melancólicos como só eles sabem ser. Rir, não para parecer bobo, e nem para parecer nada. Rir para amenizar, porque às vezes chorar não adianta - e enruga. Rir para, aos quarenta, não parecer ter mais que trinta.

Então vista seu melhor sorriso, abra a janela e abra os braços pro dia, venha ele como vier. Porque ele virá, independente de choros e risos, e ele terá o peso do mundo, se você desejar. E ele será leve como a luz ou o orvalho da manhã, se você rir.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Das dores

"Canto pra esquecer a dor da vida
Sei que o destino do amor
É sempre a despedida"

Então, hoje, prefiro não te amar - se é que isso é passível de escolha - para não ter que me despedir de você. E prefiro não amar a quem quer que seja. Porque partidas são dolorosas demais para mim, hoje.

Porque hoje não posso, e não consigo, conviver com essa dor. Me é insuportável. E por ser assim, escrevo. Escrevo para preencher o vazio que a falta de um amor me faz.

Escrevo para preencher o vazio que a falta da dor da partida me faz. Escrevo para não doer.

E te conto, e conto para quem quiser saber, que hoje não suporto a dor que tudo me traz. A dor que vem acompanhando cada pedaço do dia, cada raio do sol, cada palavra, cada pergunta. "Está tudo bem?". "Sim, está". Para poupar de explicações e consequentes novas dores vindas de lembranças de partidas que já foram e que não devem doer mais - mas doem.

E procuro, insanamente, diga-se, em todos os cantos escondidos e empoeirados e esquecidos, alguma parte doce, ou ao menos insensível, que não partilhe das dores de tudo.

Dores que me assaltam assim que abro os olhos nas manhãs, mas que, apesar de tudo, não me deixam triste. Nem alegre, claro. Mas não me deixam triste, e isso já é algo bom. Porque me protejo do que pode me ferir atrás de uma bolha de apatia que me deixa ver a tudo, mas não sentir nada. Porque aprendi a ver os dias sem cores. Nem cinzas, nem arco-íris. Sem cores, porque dói menos.

Ou pelo menos porque deveria.

sábado, 3 de janeiro de 2009

"Se isso não é amor...

...O que mais pode ser?"

Afeto, carinho, carência, vazio, raiva, indecisão, insegurança, dor, vingança, prazer, satisfação, momento, ódio, saliva, cheiro, toque, movimento, preenchimento, necessidade, sorte, azar, ausência, dó, tédio, apatia, rancor...


"Tem tantos sentimentos
Deve ter algum que sirva..."