
É engraçado como o tempo passa,
E de repente (ou não) as coisas perdem a graça.
Desgraça!
Os laços mais fortes,
Os abraços mais apertados,
As conversas mais longas,
As risadas mais loucas.
Cedem ao tempo - ou à falta de tempo -
E desaparecem
Na nuvem negra do passado,
do "foi bom enquanto durou",
do "bons tempos aqueles",
do "não somos mais como éramos antes".
Mas ficam fotos, fatos, flores de plástico
Não morrem as flores, não morrem os fatos,
Não morrem as fotos.
Morrem as relações.
Morre o calor dos corações.
Mas ressurgirão, tão certo quanto
É frio o vento, é quente o sol,
É novo o som dos teus lábios
Há muito tempo calados.
Na pior das hipóteses,
Há o que se lembrar,
O que rir e o que chorar.
Há a lembrança para
Abrir o sorriso amarelado,
Relembrar um amor do passado.
Há uma vida que foi vivida e que
agora vive do que não é mais.
Isso passa...